Em Osteopatia as vísceras não são consideradas diferentemente de uma articulação. A boa função de uma víscera está ligada à sua mobilidade fisiológica, à sua boa vascularização e a sua enervação correta.

As vísceras são envolvidas por envoltórios serosos lubrificados por um liquido seroso: os órgãos podem, portanto deslizar uns sobre os outros durante os movimentos do tronco e a respiração costal, portanto esse movimento das vísceras é indispensável ao dinamismo funcional, caso ocorra algum problema como exemplo: após uma alergia alimentar, infecção ou intervenção cirúrgica pode ser criada uma aderência entre duas serosas prejudicando a mobilidade e funcionamento dessas vísceras.

Uma lesão musculoesquelética como no ombro ou coluna também pode repercutir sobre a víscera por intermédio da fáscia, limitando seus movimentos e provocando uma estase vascular e um circuito de dor.

Outro exemplo: uma disfunção do áxis segunda vértebra cervical pode repercutir sobre o olho, problemas entre C3 e C6 (vértebras da coluna cervical) pode causar uma fragilidade e uma drenagem inadequada das amígdalas, problemas lombo sacros podem provocar distúrbios neurovasculares útero ovarianos.

Sintomas encontrados com mais freqüência nas disfunções viscerais:

Algumas indicações do Tratamento Osteopático Visceral:

O tratamento visceral em Osteopatia e seus objetivos:

Osteopatia Visceral concerne a um conjunto de técnicas manuais destinadas a diagnosticar e normalizar, tanto quanto possível, as disfunções mecânicas, vasculares e neurológicas das vísceras e órgãos situados no pescoço, tórax, abdômen e bacia. Essa técnica tem como objetivo melhorar o funcionamento dos órgãos e vísceras citados. No que diz respeito aos Osteopatas, servem para suprimir os circuitos de facilitação descritos por I. Korr (PhD), respeitando o conceito e os princípios dados por A. T. Still (Médico criador da Osteopatia).

Os principais efeitos da Osteopatia Visceral são eliminação do espasmo reflexo da musculatura lisa e do trato visceral, estiramento das fáscias a fim de liberar aderências e dar liberdade de movimento e aumento da vascularização local.